Neuroma de Morton, a Síndrome ou Metatarsalgia de Morton, é uma condição clínica caracterizada por lesão no nódulo do nervo do pé.
Essa lesão se dá nos espaçamentos entre os metatarsos, normalmente no 3º espaço (entre o 3º e 4º metatarso), causando dor e queimação nos pés.
Mais comum entre as mulheres, o Neuroma de Morton ocorre por conta da
compressão recorrente do nervo interdigital.
Essa
compressão forma um nódulo que pode chegar a 10mm de diâmetro, podendo estar ligada ao uso de sapatos apertados, o que explica o número de mulheres com a condição ser 4 vezes maior.
As causas do Neuroma de Morton podem ser variadas, não existindo um estudo que aponte para uma única origem.
Porém, existem alguns principais fatores que são associados às possíveis causas do aparecimento da Síndrome de Morton.
Como já apresentado anteriormente, a patologia é mais propensa a ocorrer em pessoas do
sexo feminino com mais de 50 anos de idade.
Também podem ser fatores de influência o
uso de sapatos apertados e com solas finas que fazem com que seja depositada uma alta pressão na parte da frente do pé.
Ainda, o nódulo tende a se formar em pessoas com sobrepeso, causada pela compressão crônica dos nervos.
O sintoma mais comum é a dor no pé afetado, sendo mais localizada nos dedos em que o nódulo está formado.
Com o tempo, a dor passa a ser maior e piora ao realizar movimentos como caminhar e correr.
Em alguns casos, por mais que não seja tão frequente, a pessoa com o Neuroma pode sentir um
volume entre os dedos, semelhante a pisar em uma bola de gude.
O diagnóstico para o Neuroma de Morton é clínico e deve ser feito por um especialista, seja ele um clínico geral, ortopedista ou reumatologista.
O exame é simples, com o histórico da dor o médico apalpa a região entre os metatarsos e geralmente já aponta para a condição.
Para a certificação do diagnóstico, realizam-se exames complementares como radiografia (raio-x), ecografia e até mesmo ressonância magnética.
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Ao diagnosticar o Neuroma de Morton, o paciente deve ter atenção aos sapatos que utiliza.
Recomenda-se o uso de tênis amplos e confortáveis com a sola baixo e palmilhas de borracha e flexíveis.
É quase indispensável que o paciente faça uso da
palmilha ortopédica de descarga, moldada e personalizada para o formato do pé.
O uso dela irá aliviar a dor e fazer com que o pé não force a região inflamada.
A
prevenção consiste em evitar a alta pressão na parte da frente do pé.
Algumas formas de prevenir são:
Já o tratamento
visa primeiramente aliviar os sintomas da dor.
Para isso, recomenda-se a troca de hábitos, fisioterapia, uso de medicamentos ou até mesmo cirurgia.
Algo de extrema relevância, além da substituição do sapato, é o
controle do sobrepeso.
Com a diminuição do peso e com sapatos adequados, a dor pode aliviar ou até mesmo sumir.
Sessões de fisioterapia podem ajudar na
descompressão do nervo, aliviando a dor.
Porém, essa prática não interfere na evolução da condição, sendo indicada para pacientes que não optam por cirurgia.
O uso terapêutico de medicamentos de forma oral ou local pode ajudar no alívio da dor momentânea, porém não é duradouro.
Após todas as opções acima serem testadas e não serem bem sucedidas, recomenda-se cirurgia ao paciente.
O tratamento por cirurgia é feito com anestesia local, raquianestesia ou anestesia geral ventilatória e consiste na
remoção do neuroma.
Como observamos neste artigo, existem diversas fases de tratamento do Neuroma de Morton e que, muitas vezes, podem ser
solucionadas com medidas pouco invasivas.
Mesmo assim, é importante ter o
acompanhamento de um profissional qualificado
e seguir o protocolo de exames necessário para entender a gravidade desta comorbidade.
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