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De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Transtorno do Espectro Autista (TEA), afeta aproximadamente 70 milhões de pessoas em todo o mundo. O que é autismo? Mais conhecida por essa nomenclatura, a condição é permeada de debates, estigmas e dúvidas.

No Brasil, estima-se que 2 milhões de pessoas possuem o espectro. Dada a relevância do autismo, a ONU instituiu o dia 2 de abril como Dia Mundial do Autismo. Além disso, em nosso país, desde 2007, acontece a campanha Abril Azul durante todo o mês.

Então, de coração aberto, vamos entender mais sobre o autismo? Faça uma boa leitura!

O que é autismo: definição

Afinal, o que é autismo? Para dar a resposta, é necessário buscar as definições médicas. Trata-se, portanto, de um transtorno neurológico que compromete determinadas áreas do desenvolvimento do indivíduo, tais como: interação social, comunicação (verbal e não verbal) e comportamentos, em geral.



Neste sentido, pessoas autistas se relacionam de forma diferente da maiorias dos indivíduos com os meios em que estão inseridos. Por exemplo, em alguns casos, é possível que as pessoas com TEA realizem funções tidas como difíceis com mais facilidade que os outros; ou vice-versa.



Por essas questões, pessoas com a condição do autismo desenvolvem também novas formas de se relacionar. E, ao contrário do que muitos pensam, isso é possível. Por isso, o pensamento de que são pessoas “não sociáveis” ou “problemáticas” é extremamente preconceituoso.

Apesar de ser possível definir o que é autismo, as causas para o transtorno não são conhecidas. Estudos e especialistas apontam possibilidades de fatores genéticos, outros em infecções durante a gestação, e também na possibilidade de riscos externos, como por exemplo, poluição e estresse.

O que é autismo: sinais e sintomas

Assim como a maioria das condições de saúde, o TEA apresenta sinais e sintomas que possibilitam perceber e diagnosticar posteriormente. Então, agora que já entendemos o que é autismo, vamos aos sinais que ele apresenta.



Em primeiro lugar, é importante destacar que o autismo aparece muito cedo na vida das pessoas, em geral até os 18 meses de idade e é comum se estender por toda a vida. Sendo assim, quanto antes for diagnosticado, melhor para promover adaptações e tratamentos, garantindo qualidade de vida.



No entanto, em alguns casos, a condição pode ser ignorada por algum tempo, fazendo com que apenas mais tarde as pessoas percebam sua presença. Além disso, o mais importante é procurar auxílio médico e psicológico assim que surgirem as suspeitas.



Principais indicadores

1. Baixo nível de interação social: é o aspecto mais comum do autismo, sendo muitas vezes o primeiro a ser identificado. Neste caso, o indivíduo apresenta dificuldade para interações, optam por isolamento social e atividades individuais e evitam situações sociais.
2. Transtornos de linguagem: a forma de comunicação pode ser por gestos e figuras, em detrimento da oralidade. Além disso, há uma dificuldade de se comunicar.
3. Comportamentos repetitivos: para pessoas com autismo, a repetição é vista como um auxílio e se estende às várias áreas da vida. Neste sentido, normalmente há dificuldade mudar hábitos e comportamentos, bem como a própria rotina.
4. Outros sinais de atenção: crianças que não atendem pelo nome; dificuldade de compreensão dos sentimentos, piadas e conversas; evitar contato visual e gestos de afeto.

Graus do autismo

Anteriormente, o Transtorno do Espectro Autista era tido como uma condição que apresentava cinco condições diferentes. Atualmente, trata-se a classificação generalizada como TEA, considerando que os indivíduos podem apresentar três graus dentro do espectro. Confira cada um:

Leve

Trata-se do primeiro nível do autismo, também caracterizado como grau de alta funcionalidade. Em geral, indivíduos com autismo leve são mais autônomas e possuem menos dificuldades com a fala e linguagem.

Moderado

O segundo nível, descrito como média funcionalidade, é definido por um comprometimento maior da comunicação e das interações sociais. Há também mais repetição de comportamentos.

Severo

Por fim, o terceiro nível qualificado como baixa funcionalidade. Neste caso, a pessoa com autismo necessita de mais cuidados e auxílios durante a vida. Isso porque há uma grande dificuldade de comunicar, interagir e mudar hábitos.

Abril Azul

Como mencionado no início do artigo, o mês de abril foi escolhido para ser o período de campanha de conscientização sobre o espectro autista devido ao Dia Mundial do Autismo, comemorado no início do mês.



Mas, afinal, o que significa realizar o Abril Azul e para o que ele serve? Bom, um mês de conscientização é bastante positivo para as causas escolhidas pois permite que se fale mais profundamente sobre o assunto.



Deste modo, o Abril Azul é utilizado por organizações, instituições, pessoas autistas e demais indivíduos para desfazer estigmas, desconstruir preconceitos e orientar a respeito da importância do diagnóstico e acompanhamento profissional.



Vale lembrar que não existe um tratamento para curar o autismo, visto que é uma condição de saúde. Sendo assim, são realizadas ações para incluir o indivíduo na sociedade e garantir que seu desenvolvimento em todas as esferas ocorra da melhor maneira possível, priorizando sempre sua qualidade de vida.

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