Mesmo que não saiba, provavelmente você já ouviu falar no termo doenças autoimunes. Apesar de existirem diversos tipos de doenças autoimunes, um princípio é comum a todas elas: o sistema imunológico ataca a si próprio.
Nesse caso, o sistema imunológico do paciente passa a produzir anticorpos contra componentes do próprio organismo. Assim, o corpo confunde suas próprias células ou proteínas com agentes invasores e passa a combatê-las.
Trata-se de uma doença causada pelo próprio sistema imunológico do paciente, que passa a funcionar de forma inapropriada. Apesar de ter origem no sistema imunológico, as doenças autoimunes podem causar complicações em diferentes regiões do corpo.
Para que você entenda melhor sobre as doenças autoimunes, nós do Tem Hora, desenvolvemos este artigo. Continue na leitura.
As doenças autoimunes podem atingir praticamente todos os órgãos do nosso organismo, já que o nosso corpo é capaz de criar anticorpos contra qualquer região. Mas, por que isso acontece? Primeiro, precisamos entender como funciona o sistema imunológico.
Ele envolve uma série de células e órgãos que, em conjunto, criam uma barreira de proteção contra vírus e bactérias. Em algumas pessoas, devido a fatores genéticos e ambientais, esse sistema pode ter falhas.
Ao invés de produzir anticorpos contra vírus ou bactérias, o sistema imunológico produz anticorpos contra si, confundindo suas proteínas e células com agentes invasores e passando a atacá-las, prejudicando órgãos e tecidos.
As doenças autoimunes atingem de 3% a 5% da população mundial e, um dado curioso, é que atingem três vezes mais mulheres do que homens, de acordo com o
Núcleo de Estudos de Doenças Autoimunes. Além disso, é uma das
principais causas de mortes em mulheres com menos de 65 anos.
Alguns exemplos de doenças autoimunes mais comuns são artrite reumatóide, diabetes tipo 1 e lúpus. As doenças autoimunes podem atingir todos os órgãos do nosso organismo. Para fins didáticos é possível dividir as doenças autoimunes em:
Há alguns fatores que são considerados como desencadeantes das doenças autoimunes, como a ocorrência de vírus, toxinas, medicamentos específicos ou estresse. A seguir, confira quais as doenças autoimunes mais comuns:
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Lúpus: quando o sistema imunológico ataca seus próprios tecidos;
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Artrite reumatóide:
afeta as articulações;
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Doença de Crohn: infecção viral ou bacteriana que leva o sistema imunológico a atacar o trato digestivo, provocando uma inflamação crônica;
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Vitiligo:
produção inapropriada de anticorpos e linfócitos T contra as células responsáveis pela produção de pigmento da pele (melanócitos);
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Psoríase: surge devido à acelerada reprodução das células da pele, causando espessamento, inflamação e descamação;
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Diabetes Tipo 1: doença crônica em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina.
Existem ainda outras formas de doenças autoimunes do sangue, como a trombocitopenia imune primária, a anemia aplásica e a anemia hemolítica.
Um dos primeiros sinais das doenças autoimunes é o desenvolvimento de quadros inflamatórios. Geralmente, as inflamações decorrentes de doenças autoimunes são indicativos de outros sintomas secundários como dor, deformações articulares, fraqueza e dificuldade respiratória.
Os sintomas abaixo também podem ser um indicativo de doença autoimune:
- Cansaço excessivo;
- Problemas de concentração;
- Falta de apetite;
- Perda de peso sem motivo aparente;
- Falta de ar;
- Febre e infecções recorrentes;
- Aftas;
- Hematomas e sangramentos;
- Manchinhas vermelhas na pele;
- Urina marrom.
As doenças autoimunes podem desencadear um quadro bastante grave. Por isso, se observar algum desses sintomas, não demore para consultar o médico e pedir
exames.
Se você apresenta algum dos sintomas, o médico especialista provavelmente vai pedir um hemograma completo, que aponta se a contagem de células do corpo está fora da normalidade, um indicativo de doença autoimune. Em muitos casos, leucemias e linfomas alteram a produção celular, por isso é preciso investigar de forma mais aprofundada.
Quando as doenças autoimunes são diagnosticadas no sangue, um transplante de medula óssea é o único tratamento possível. Para os demais casos, um corticóide é usado no tratamento inicial para diminuir a produção de anticorpos anômalos.
Também é possível usar imunoglobulinas, imunossupressores e anticorpos monoclonais para combater essa produção. Medicamentos que estimulam a produção de plaquetas também são outra alternativa. É importante ressaltar que não existe um tratamento único, já que a ocorrência de doenças autoimunes podem variar muito.
As doenças autoimunes são perigosas e podem agravar seu quadro clínico sem um tratamento adequado. É de extrema importância que se realize o diagnóstico e se inicie o tratamento o quanto antes. Também é essencial que o paciente faça consultas regulares com um especialista para verificar a evolução e a eficácia do tratamento que, como já mencionamos, pode variar bastante de paciente para paciente.
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